Ana Paula Paixão
Na última semana de setembro, a Santa Casa Montes Claros, através da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos - CIHDOTT, promoveu uma série de ações em apoio à campanha do Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. A iniciativa teve como foco o público interno e externo do hospital, reforçando o compromisso da instituição com a sensibilização e educação sobre o tema.
Um dos destaques da programação foi a exposição de molduras representando os órgãos que podem ser doados, como coração, fígado, rins, medula óssea, pulmões e córneas. A mostra, que atraiu a atenção de funcionários, pacientes e visitantes, foi montada na área de convivência Dr. Paulo Denucci e teve como objetivo chamar a atenção para a importância do gesto de doar. As molduras, além de serem interativas, possibilitaram que os participantes refletissem sobre o impacto que a doação de órgãos pode ter na vida de quem espera por um transplante.
Durante a semana, também foram realizadas palestras com profissionais de saúde especializados no tema, abordando desde o processo de captação de órgãos, como curiosidades sobre as doações, até os cuidados com o potencial doador. Os temas foram ministrados pela Dra. Maria Fernanda Figueiredo, médica coordenadora da CIHDOTT; Gracielle Botelho, psicóloga do MG Transplantes; Shirleide Oliveira e Junia de Abreu, enfermeiras do MG Transplantes. As especialistas compartilharam conhecimentos e tiraram dúvidas do público sobre mitos e verdades da doação, os procedimentos legais envolvidos, e a relevância da conscientização da família sobre a decisão de doar.
De forma descontraída, uma das ações que mais engajou os participantes foi o Big Fone. Ao atender as ligações, os funcionários do hospital respondiam perguntas relativas à doação de órgãos e serviço de transplantes da Santa Casa. Em retribuição à dedicação sobre o assunto, como um gesto simbólico, recebiam brindes ao responderem às questões. Outra ação foi a exibição do painel que conta a história do serviço de transplante através de dados e fotos históricas das equipes multiprofissionais que atuam na área. A Santa Casa, que tem sido referência em procedimentos de captação e transplante de órgãos no Brasil, tem um papel fundamental no processo de transplante e atendimento a pacientes em toda a região norte de Minas, vales do Jequitinhonha e Mucuri e, até mesmo, em regiões do estado da Bahia.
Ao longo dos anos, a Santa Casa já realizou 1.197 transplantes de rim, sendo 68 somente em 2024. Mais de 250 de fígado, 73 transplantes de medula óssea e seis de pâncreas. Além disso, foram encaminhados sete corações neste ano para outros estados brasileiros. O hospital também conta com o serviço de transplantes de tecido musculoesquelético e córneas.