A Santa Casa de Montes Claros, hospital localizado no norte de Minas Gerais, foi o segundo hospital no estado em número de realização de transplantes de rim e fígado no primeiro semestre de 2020. Liderada pelo Dr. Geraldo Sérgio Meira, a equipe responsável pelos transplantes renais realizou o total de 43 transplantes, ficando apenas seis transplantes a menos que o primeiro colocado. Já a equipe liderada pelo Dr. Luiz Fernando Veloso, responsável pelo serviço de transplantes de fígado, alcançou o total de 20 transplantes. Quatro a menos em relação ao primeiro colocado.
Esse resultado consolida a Santa Casa de Montes Claros como hospital referência em transplantes. "Mesmo diante da situação de pandemia pelo novo coronavírus, a Instituição tem se empenhado, nas suas mais diversas atuações, no sentido de continuar prestando seus serviços a toda população da região. Nesse primeiro semestre, graças ao profissionalismo e dedicação das nossas equipes, foram 63 pessoas que passaram a ter um nova oportunidade de vida. Nos orgulha muito essa conquista", afirma o superintendente Maurício Sérgio Sousa e Silva.
Para o Dr. Luiz Fernando, diante da pandemia, a suspensão da realização de transplantes salvadores de vida acarretaria em um grande acúmulo de pacientes em listas de espera ou até mesmo situações mais graves, tendo como consequência o óbito. Segundo dados do Registro Brasileiro de Transplantes, o número de transplantes realizados em março, comparado com o número médio dos transplantes realizados em janeiro e fevereiro, observou-se em março uma queda nos transplantes de todos órgãos, na ordem de 83% para pâncreas, 48%para pulmão, 30% para coração, 16% para rim e 15% para fígado.
Diante deste panorama, podemos considerar que a Santa Casa de Montes Claros está na contramão do cenário apresentado em nível nacional. "Considero que os fatores a serem destacados para o resultado que alcançamos foram inúmeros. Passamos a contar com a profissionalização da equipe da CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos), que passou a contar com uma enfermeira e médica para esta finalidade; a gestão proativa da coordenação da OPO Norte/Nordeste do MG transplantes; as medidas que as equipes de transplantes do hospital, como uma postura ativa para manter, com segurança, a atividade de transplantes durante o período de pandemia; o desempenho da gestão da Santa Casa que disponibilizou suporte logístico para que os exames de COVID-19 fossem realizados em todos os doadores em regime de urgência e resposta rápida; e o apoio do laboratório de Diamantina, que entregou os resultados dos exames dos doadores em modo extremamente ágil", ressalta.
Atualmente na região, de acordo com a OPO Norte/Nordeste, 5 pacientes estão na fila de espera por um fígado e 330 aguardam por um rim.