Por Ana Paula Paixão
A Santa Casa Montes Claros, maior complexo
hospitalar do Norte de Minas, com foco na sustentabilidade
econômico-financeira e na qualidade do serviço prestado à população,
busca constantemente a inovação dos seus processos. Nesse sentido, de
acordo com o superintendente Maurício Sérgio Sousa e Silva, a gestão da
Instituição tem como foco o aperfeiçoamento da estrutura
física/tecnológica, bem como a reestruturação da cultura organizacional.
"Toda empresa é um organismo vivo e a
Santa Casa não é diferente. Todas essas preocupações e cuidados são
observados e avaliados com a finalidade de que o hospital se adeque às
condições impostas em determinadas situações como, por exemplo, diante
da crise
econômica causada pela pandemia que teve como
característica marcante a queda na procura por atendimentos
médico/hospitalar durante os últimos dois anos", explica o gestor.
Como
exemplo, o superintendente cita dois projetos que foram apresentados em
Belo Horizonte na última quinta-feira durante a 3ª edição do Prêmio
Core Federassanta. O primeiro, que foi apresentado pela farmacêutica
clínica Samanta Teixeira, tratou sobre o protocolo para uso de albumina
humana e o segundo, apresentado pela enfermeira da
CIHDOTT Márcia Belém, foi sobre o aumento do percentual de autorização de familiares para a doação de órgãos. "Concorremos com outros 83 cases de
todo o estado e ficamos entre os nove finalistas, sendo que deste
total, dois projetos foram da Santa Casa Montes Claros, um de
autoria da nossa equipe de farmácia clínica e o outro da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos -
CIHDOTT)", fala.
De acordo com ele, depois
da implementação do protocolo de albumina humana,
na prática, a iniciativa representou uma economia financeira e
proporcionou uma maior assertividade na dispensação e utilização do
insumo. Já a ação da CIHDOTT, proporcionou um aumento no
percentual da aceitação familiar para a doação de múltiplos órgãos, o
que levou a Santa Casa para o segundo lugar em transplante de órgãos no
geral e em primeiro lugar em Minas Gerais em transplante de fígado.
Maurício
Sérgio ressalta que implementar e apresentar projetos como estes para
outras instituições é uma maneira de fortalecer a rede de hospitais
filantrópicos em Minas Gerais. "A Federassantas promove este evento
anualmente. É um momento que temos a oportunidade de aprender e também
de mostrar o que tem dado resultado. Pois, enquanto instituições
filantrópicas, que representam aproximadamente 70% do atendimento SUS de
todo o estado de Minas, precisamos buscar soluções e alternativas para
manter nossas santas casas em pleno funcionamento", ressalta o gestor
que ainda enfatiza que sem os hospitais filantrópicos, a população teria
o atendimento prejudicado. "Não só em nosso estado, mas em todo o país
não existem hospitais do SUS suficientes para atender a todos".
Com o tema “Boas práticas em Gestão Hospitalar: Dr.
Eduardo Levindo Coelho”, o Prêmio Core Federassantas tem
como objetivo o reconhecimento e a valorização das boas práticas que
contribuem para a melhoria da gestão e da qualidade assistencial dos
serviços prestados pelas instituições filantrópicas. De acordo com a
presidente da Federassantas, Kátia Rocha, "a premiação é também uma
oportunidade para incentivar o desenvolvimento de novos projetos na área
da saúde e promover o compartilhamento das experiências de sucesso,
gerando aprendizados e contribuindo para a melhoria de gestão da rede
hospitalar filantrópica no estado".
Fotos: Ana Paula Paixão
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